Grande parte dos setores enfrentam uma grave crise, principalmente pelas questões sanitárias que impactam diretamente na economia. Mas, afinal, porque as mais variadas concessionárias se destacam no meio desse furacão financeiro?
Há uma série de explicações, mas a principal delas pode ser destacada pelo próprio consumidor. O perfil mudou e hoje em dia não basta apenas ter um veículo popular: é preciso ter uma experiência única e empresas focadas em automóveis de luxo, por exemplo, crescem acima da média.
Pensando nisso, trazemos um artigo explicando porque há cada vez mais investidores interessados no ramo de concessionárias.
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Crescimento de seminovos e usados
É claro que não há uma fórmula específica para o investimento perfeito. Afinal, quando não há o aporte necessário em um setor, pode-se perder tudo o que foi investido. Contudo, existe uma coisa indispensável para se ter como termômetro, principalmente quando falamos da venda de veículos: o crescimento do mercado.
Um levantamento feito pela Agência Brasil mostrou que 2020 foi o ano dos seminovos e usados no Brasil: crescimento de 80% em relação a 2019, representando 83% do mercado. Em resumo, estamos falando da maior fatia dos veículos do país – menos de um a cada cinco carros eram novos (0 km) no país.
O ‘boom’ durante a pandemia
Acontece que, segundo os especialistas, as restrições em relação a serviços ‘não essenciais’ no Brasil fizeram com que as concessionárias freassem suas vendas – afinal, não poderiam abrir suas lojas e oferecer os veículos aos clientes durante os decretos municipais e estaduais.
Contudo, no começo da pandemia e durante todos os períodos de ‘lockdown’, houve um efeito cascata quando empresas do gênero voltaram a abrir: os estoques saíram rapidamente. A consequência? Aumento do preço nas concessionárias.
Ou seja, estamos falando de um setor que teve uma demanda acima da oferta. Assim, quem estava atento aos índices dos automotores no Brasil resolveu investir.
A saída das montadoras
Ford e Mercedes, duas gigantes do setor automotivo e que tinham fábricas no país, resolveram parar de produzir veículos em território nacional. Novamente, investir em uma concessionária tornou-se ainda mais lucrativo.
Isso porque sem a concorrência de empresas que, em determinados modelos, conseguiam baixar muito o preço em relação a veículos similares, os investidores que passaram a revender um carro ampliaram (e muito) seu mercado de atuação.
Carros de luxo x mercado
As concessionárias se destacaram em meio a crise, se pegarmos um recorte específico e comparar o mercado como um todo, como é o caso dos carros de luxo. Apenas quatro marcas tiveram um crescimento de 4% perante a retração de 35% do mercado automotivo em emplacamentos de veículos novos.
Isso mostra que o perfil do brasileiro é de migrar de veículos, o que antes eram inacessíveis para opções bem mais completas. Afinal, há uma série de opções que podem sofrer cortes em alíquotas e impostos, chegando até 30% do valor total do carro.
Conclusão
Não há motivos para que os investidores procurem outro setor, se falarmos dos automotivos que não sejam ligados às concessionárias. Além de um mercado bem mais aquecido, ainda possuem uma margem bem acima do que ‘contratos de exclusividade’ com montadoras.